sábado, 13 de julho de 2013

Pé quebrado e direção não combinam!

Uma das minhas maiores ansiedades depois de ter fraturado o malélo medial, era de saber em quanto tempo eu poderia voltar a dirigir.
Se eu tivesse quebrado o pé esquerdo e meu carro fosse automático, não teria problema, porque daria pra dirigir com um pé só.
Quando a gente quebra o pé fica muito dependente, de muletas pra andar e de alguém pra levar você pros lugares que precisa ir. No meu caso, como ninguém mais dirige aqui em casa, eu fiquei refém dos taxis. Andar de táxi é oneroso demais, e a minha ansiedade aumentava a cada corrida que eu fazia. Na época do tálus eu não dirigia, então a minha preocupação era em quanto tempo eu iria poder andar de ônibus, rs. Uma pena, pois eu poderia ter uma idéia melhor pra poder passar pra vocês. Eu passei a andar de ônibus assim que me livrei das muletas, acho que deveria ser o mesmo prazo pra poder voltar a dirigir, se fosse o caso.
O tempo de recuperação estipulado para eu pisar pra essa fratura do maléolo havia sido de 45 dias. Com 30 dias, a inflamação tinha ido embora, mas o médico não me liberou pra dirigir pois, se por um acaso eu sentisse alguma dor, a reação seria de tirar o pé do pedal, o que aumentaria o risco de acidente. 
Com 45 dias não havia mais esse risco, porém a minha musculatura estava muito fraca. Eu não tinha força nem pra mexer o pé, quem dirá pra apertar um freio. A prazo para dirigir foi então estipulado em 8 semanas pós fratura.
E esse prazo de dois meses finalmente chegou! Muitos medos passaram por minha cabeça. Eu não sabia se ainda lembrava onde era acelerador e embreagem, se meu pé iria doer ao pisar forte, se a fraqueza muscular ainda existente iria interferir nas tomadas de decisões, enfim...
Mas daí eu descobrir que dirigir é que nem andar de bicicleta: não dá pra esquecer! Fui dirigindo pra fisioterapia, que é uma distância relativamente perto, e constatei que está sendo mais fácil dirigir do que voltar a andar normalmente. Todos os medos foram embora!
Agora, independente, é focar no pé pra me tornar ainda mais livre!
Boa recuperação à todos.  

terça-feira, 2 de julho de 2013

Fisioterapia em casa

Na fratura passada eu havia relatado aqui e aqui o passo à passo de alguns dos movimentos que eu fazia na fisioterapia.

No entanto, em finais de semana e feriados não tem clínica de fisioterapia que funcione, pelo menos eu não conheço. Então eu recomendo à todos que continuem os treinos em casa. Tem alguns que só o profissional pra fazer, daí não dá pra se aventurar em casa. Um movimento errado pode acabar machucando e dificultando a recuperação.

Eu ainda estou na fase inicial da fisioterapia, sem os treinos de marcha (melhor parte). Postarei aqui então, algumas dicas de exercício para esta etapa do tratamento. Assim que eu passar para os próximos, postarei as adaptações para se fazer em casa:

1) Embolar e desembolar uma toalha com os dedos. Eu ficava angustiada ao fazer esse exercício pois achava muito difícil. Mas à medida que o tempo vai passando, a musculatura vai ficando cada vez mais forte e a angústia vai embora.



2) Esse eu adaptei. A idéia inicial é colocar bolinhas de gude do chão para um recipiente. Como eu não tenho bolas de gude em casa, peguei pequenos objetos da minha maleta de maquiagem, e fiz o treino. O objetivo acredito que seja o mesmo da toalha, mas o da toalha já é nível II de dificuldade. Na época do tálus, pós cirurgia, eu não mexia nada do tornozelo e nem dos dedos do pé, então comecei pela bolinha de gude. Nessa fratura do maléolo, como não precisei operar, meus dedos sempre mexeram. Creio que, por conta disso, me liberaram da fase da bolinha.



3) Fortalecimento da perna. Deitada numa esteira ( acho que é melhor do que cama, pra não prejudicar a coluna ) dobro as duas pernas e levanto a fraquinha. Faço duas séries de dez movimentos. Como não tenho aquele pesinho de academia, uso a própria bota walker pra fazer o peso. 


4) Outra variável é fazer a movimentação com a perna, estando sentada.



5) Fortalecimento dos pés. Esse exercício é feito mais com elásticos, mas eu faço estimulando a minha própria força. Forço os pés fazendo os movimentos básicos de eversão, inversão, dorsiflexão e plantiflexão. Faço duas séries de dez movimentos pra cada variável.

Plantiflexão                                Dorsiflexão                                      Eversão                                      Inversão        


No final, faço uma massagem com um gel refrescante para o pé relaxar.

Pronto! Pé exercitado em casa. Não é a mesma coisa, mas já é alguma coisa!



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Com quanto tempo o osso cola?



Quando a gente quebra o pé, a primeira coisa que a gente pensa é no tempo que vamos ficar sem pisar, afinal, é muito chato não poder colocar o pé no chão.

Eu sei que o tempo de consolidação é influenciado por vários fatores. Idade do paciente, alimentação, gravidade da fratura, além de disciplina em não colocar o pé no chão antes do tempo.

Quando eu fraturei o tálus e precisei operá-lo, só pude pisar com 3 meses de fratura. Agora com o maléolo medial, fiquei seis semanas sem pisar. Tirava rx quase toda semana, e era incrível como em um mês de lesão, a linha de fratura era muito nítida. Isso chegou a me desanimar, achei que poderia estar acontecendo algo de errado, mas o médico falou que era normal. Segundo ele, naquela etapa estava acontecendo um processo de necrose, que levaria à consolidação e remodelação óssea.

Meu irmão fraturou o metatarso na mesma época que eu, e o osso dele consolidou em 4 semanas. No entanto, após esse período ele ainda não poderia usar sapatos fechados porque o dedo poderia entortar, não me pergunte o porquê

Portanto, antes de pisar de qualquer forma, consulte o seu médico, tire raios x e siga as orientações. Nunca tome a iniciativa de pisar sem autorização, pois mesmo que o médico fale que você vai poder pisar em X semanas, essa probabilidade é relativa. Se eu tivesse pisado por conta própria em um mês, como o médico da emergência falou, certamente meu osso teria rachado e eu ia ter que ficar muito mais tempo imobilizada para poder me recuperar.