A minha queda coincidiu com o acidente de Luciana da novela. Foi um misto de identificação e tristeza.
E toda identificação se dá pela superação. Quando eu consigo fazer alguma coisa, quero mostrar pra todo mundo!
Segunda-feira meu fisio me liberou carga de 50%. Com isso eu já estou andando com apenas uma muleta!
Como estou sem dor e pouco edema, tudo indica que antes do carnaval estarei "free as a bird"!!!
Aí o povo diz: "aaaah, luciana da novela!"
Eu digo: "aaaaaah, Miguel!"
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Passo a Passo
Eis a descrição de algumas etapas da fisioterapia:
Momento 1:
Mobilização. O fisioterapeuta força o meu pé em algumas direções para ganhar amplitude de movimentos.
Momento 2:
Fortalecimento. Aperto a bola com os pés para fortalecer os músculos. O meu pé direito já está mais forte que o esquerdo.
Momento 3:
Elásticos. É uma malhação para os pés em várias direções, também para fortalecer a musculatura.
Momento 4:
Seringa. É uma sucção para quebrar a aderência da cicatriz. Uma cicatriz aderida pode limitar a amplitude dos movimentos.
Momento 5:
Bola no joelho. É para fortalecer o joelho da outra perna. Depois de três meses pulando com uma perna só, ele começou a reclamar.
Ainda tem outras etapas, mas não tem foto aqui. Por sinal, o crédito das fotos são para as minhas amigas Cristal e Júlia, que me acompanharam em um dia de fisioterapia só pra ver como é.
É, elas não têem o que fazer, rs!
Momento 1:
Mobilização. O fisioterapeuta força o meu pé em algumas direções para ganhar amplitude de movimentos.
Momento 2:
Fortalecimento. Aperto a bola com os pés para fortalecer os músculos. O meu pé direito já está mais forte que o esquerdo.
Momento 3:
Elásticos. É uma malhação para os pés em várias direções, também para fortalecer a musculatura.
Momento 4:
Seringa. É uma sucção para quebrar a aderência da cicatriz. Uma cicatriz aderida pode limitar a amplitude dos movimentos.
Momento 5:
Bola no joelho. É para fortalecer o joelho da outra perna. Depois de três meses pulando com uma perna só, ele começou a reclamar.
Ainda tem outras etapas, mas não tem foto aqui. Por sinal, o crédito das fotos são para as minhas amigas Cristal e Júlia, que me acompanharam em um dia de fisioterapia só pra ver como é.
É, elas não têem o que fazer, rs!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Saindo do Gramado
A TV estava ligada no quarto. Eu, organizando uma papelada quando, de repente, ouço:
"O lateral esquerdo Filipe Luis, que recentemente foi convocado para a seleção brasileira, se lesionou gravemente durante a vitória de seu time, o Deportivo La Coruña. Os primeiros exames apontam uma fratura da fíbula e luxação no tornozelo direito."
As palavrinhas mágicas 'fratura','fíbula' e 'tornozelo' voltaram a minha atenção para a televisão. Logo eu, que nem entendo nada de futebol.
Felipe Luís fraturou a fíbula da perna direita e rompeu alguns tendões do tornozelo. Ele não queria falar com a imprensa porque estava muito emocionado. O período de recuperação levará de quatro e seis meses, e ele corre o risco de não disputar a Copa de 2010.
Tadinho. Vai passar pela mesma novela que eu. Só que o cara é jogador. Não poder voltar aos gramados antes da Copa a qual foi selecionado, é de matar um.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Apollo 11
Pisei.
O meu hobby agora é andar. Ficar andando em casa pra lá e pra cá. Só pra sentir o chão. As diversas sensações que cada piso dá. O chão quente. O chão molhado... muito bom...
Meu pé está nascendo.
Fui no médico, ele passou uns exames de raio x, e estava lá: meu tálus totalmente condensado. Ele liberou 20% de carga no pé:
- Como é isso? Feeling?
- Não. Quanto você pesa?
- 48kg
- 20% de 48?
- 9,6kgs
- Você pode colocar uma força de 9,6kgs no pé direito.
- E como é que eu vou saber?
- É só treinar de olhos fechados numa balança.
- OK.
De tempos em tempos eu vou aumentando a carga, supervisionada pelo fisioterapeuta, até chegar nos 100%.
Agora lembrei que no segundo dia em que eu estava no hospital, ainda no corredor, um ortopedista chegou na minha maca, olhou minha tomografia, e perguntou:
- Caiu de onde, menina? Da lua?
- Parece que foi.
Acabei de voltar ;)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Salto Alto
- Dr. Vinícius? Eu vou poder usar salto alto?
O fisioterapeuta me olhou com uma cara de "Oxe, claro, porquê não?"
- É que um monte de gente que só torce o pé diz que não consegue usar, e talz...
O meu colega quebrado da maca ao lado diz:
- Olha só o que no que ela tá pensando, rapaz! Mulher é um caso sério, né? Usa uns saltos que eu não entendo pra quê tanta altura, e... blá blá blá wiskas sachê.
O fisio me explicou que existe uma lenda na ortopedia de que 'é muito mais fácil curar uma fratura do que um entorce'.
Na verdade o que acontece é que os pacientes que sofrem fratura são bem mais assíduos do que os que sofrem torção. Quando você fratura OU você faz fisioterapia OU você faz fisioterapia. Quem apenas torce o pé faz apenas três sessões e larga porque, afinal, está andando. Uma dorzinha aqui, outra alí, mas bobagem.
Os únicos que não são assim são os atletas, que sempre enfrentam uma fisioterapia intensiva.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Tamagotchi
Estou há dois meses e meio de molho.
Naturalmente, a quantidade de visitas aqui em casa caiu a níveis alarmantes. Não tive outra saída, senão, sair. Estava praticamente virando um tamagotchi para os meus amigos.hehe.
Sair de muletas tem exigido algumas exigências:
- lugares preferencialmente planos: restaurantes e casa de amigos são os melhores.
- lugares sem muvuca: não cheguei a enfrentar, mas tentaram me arrastar pra um reveillon na Barra. Tudo bem, valeu a intenção (y)
- nada de ter que andar demais: shopping center, agora, só quando eu colocar o pé no chão. A fatura do meu cartão de crédito está uma maravilha!
- cinema: com a menor quantidade de escadas possível. E aprendí também que tenho que chegar cedo, antes de as luzinhas se apagarem ^^.
- praia: andar de muletas na areia surpreendeu minhas expectativas. Pior era ver o mar e não poder mergulhar. Mas só de contemplar a paisagem já foi ótimo.
- álcool: somente naquelas situações que pedem, you know ;) Com o cuidado de esperar pelo menos umas horas antes pra voltar pra casa, que é o tempo em que ele 'evapora'.
Aquele negócio de carinho virtual, comida virtual, banho virtual, remédio virtual e etc não tava dando certo não.
Feijão com Arroz
Contrariando as recomendações médicas, fui alí, trabalhar. Afinal, preciso de feijão com arroz pra viver.
Falei com meu fisioterapeuta que se eu não fizesse isso, além de paciente ortopédica, viraria uma paciente psiquiátrica.
Primeiro que quando você trabalha, está o tempo todo conversando com seus colegas, gente desconhecida, e se distrai. Nunca ouví tanta história de pé quebrado em minha vida.
E em segundo lugar, eu fico muito, mas muito mais quieta trabalhando do que em casa.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Oito à doze semanas
10 Semanas.
Estou me sentindo grávida. Grávida de um novo pé.
"O prazo de recuperação levará de oito à doze semanas", disse o médico. E essa frase nunca saiu da minha cabeça, bem como a contagem regressiva.
Na consulta anterior ele disse:
"Me ligue antes do dia 10 de janeiro pra gente marcar a revisão. Depois do dia dez eu não sei como vai ser o atendimento porque o meu bacurí vai nascer".
"Bacurí", pra quem não é baiano, significa "bebê".
Quando foi no dia quatro, levantei da cama e fui logo ligar para Dr. Marcelo:
- alô [uma voz feminina atendeu]
- alô, bom dia. é o celular de Dr. Marcelo?
- é sim.
- eu gostaria de falar com ele.
- ele não pode falar agora porque o filho dele acabou de nascer.
- ah, tah. valeu.
É, paciência. Agora é esperar as contrações...
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