domingo, 21 de fevereiro de 2010

De volta aos embalos de sábado à noite

Uma das coisas que mais me deixavam angustiadas durante o meu período de recuperação era o fato de não poder sair para os embalos dos sábados à noite.
Sábado passado fui para o meu primeiro reggae night pós cirúrgico. Eu tava tão feliz, tão feliz que parecia um pinto no lixo.
Fui pra Dinha do Acarajé, revi trilhões de pessoas que eu não encontrava desde o acidente, e de lá fui ver um show de Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta.
O mais interassante da noite foi o show começar, ao som de "Sonífera Ilha", e perceber que o vocalista da banda estava com o pé enfaixado!!!
Não tenho idéia da causa, mas isso não importa. O que importa é que foi "chuchu beleza, tomate maravilha"...

Aqui abaixo, a foto de Ronei com o pé enfaixado. Ah, ele estava pisando. Só estava no chão porque ele é meio doido mesmo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Trademark

Eu me preocupei muito em como ia ficar minha cicatriz depois da recuperação. A gente sempre acha que vai ficar igual ao Frankenstein. Mas até que ela ficou menor e mais discreta do que eu imaginava.

Um dia, fui comprar um sapato com a minha amiga e:

Ela: Vc vai ficar com essa cicatriz pra sempre?
Eu: Sim. Ela deve desaparecer mais com o tempo, mas fica.
Ela: Ah, eu acho massa!
Eu: Oxe. Pq?
Ela: Porque é uma marca, só você tem!

É, tem gosto pra tudo nessa vida. Preferia não ter, de marca prefiro os meus sinaizinhos, mas já que ganhei uma...

Abaixo, a minha mais nova marca, registrada:

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Pulando o Carnaval


Esse negócio de Carnaval é quebrança: uma semana sem fazer fisioterapia. Mas o meu fisio me mandou fazer uns exercícios pra o pé não ficar desacostumado:
- malhar a panturrilha
- fazer exercício com elástico - já que tenho um levinho em casa
- andar numa linha reta pra ir treinando o equilíbrio

Aproveitei e fiz uns exercícios a mais:
- andada de obstáculos: fui num baile de máscaras na quarta-feira e descobrí que já era Carnaval em Salvador. Tive que descer do taxi e ir andando em direção ao lugar da festa pois estava tudo congestionado!

- hidroterapia na praia: o grande objetivo do Carnaval pra mim era ganhar uma cor. Eu estava verde e vermelha, que são as cores das veias que apareciam na superfície da minha pele. Aproveitei e pulei umas ondinhas no mar, bom também pra afastar o vudu da fratura.

Agora é torcer pra que esse Carnaval pule logo e eu volte à minha fisioterapia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ok, computer.


Como vocês já sabem, estou andando sem muletas: hardware montado com sucesso.
Agora, acabo de entrar no processo de instalação e execução do software.

Depois de ter ficado tanto tempo com o pé pra cima, desaprendí a andar. Ando devagar, a pisada está torta e estou sem nenhum equilíbrio. Se me mandarem fazer o teste alcoólico do "4", vão achar que estou bêbada, rs.

Depois da fisioterapia, a melhor forma de acelerar a recuperação é botando ele pra funcionar. E o que foi que eu fiz? Batí perna, ou melhor, pé, no shopping.
E não é que ele já deu uma melhorada?
O processador está cada vez mais rápido!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Odoyá Yemanjá


Hoje eu voltei no médico. Meu sonho era que ele me liberasse das muletas, mas achava que ele não ia, pois como eu estava com 50%, não sabia se seria possível pular logo pra 100%.
Ele olhou a ressonância, e:
- Hummm, não tem necrose. Muito bom! Sente dor?
- Não.
- É, então pode aumentar a carga.
- Quanto?
- 100%
- Tipo... sem muletas?
- É!

Caramba, eu nem acreditei. Estava num estado de êxtase tão profundo que eu perguntei pra ele se ia ter algum problema pelo fato de eu ter tido o rompimento total de um ligamento, mas nem ouví a resposta.
Comecei a viajar em todas as coisas que eu poderia fazer de agora em diante, e ele lá falando do ligamento fíbulo talar anterior, e eu sem ouvir absolutamente nada.
Depois minha mãe disse que ele falou que não tinha problema, porquê a musculatura ajuda a estabilizar, e que ele mesmo tem dois ligamentos partidos e leva a vida normalmente, inclusive rola um baba toda semana.
Aí, eu:
- Então eu posso me livrar das muletas? Sério?
- Claro! Pode jogar pra Yemanjá!