terça-feira, 31 de maio de 2011

E o benefício do INSS?


Nossa! Mais de seis meses que não posto nada aqui!
É que quando o problema passa, a criatividade vai embora também... só que eu fico até feliz por isso.
Mas estou sempre acompanhando os comentários e já percebi que esse blog tomou vida própria!
Inclusive, uma coisa que percebo é a preocupação que os fraturados têm com o benefício do INSS.
Eu nunca paguei o INSS. Sou autônoma, sempre achei que nunca iria me quebrar e precisar ficar sem trabalhar.
Quando me vi com o pé quebrado e contas a pagar, veio logo o desespero:
"Preciso ficar boa o mais rápido possível. Assim que o meu médico me liberar, volto ao trabalho".
Ou seja: ou eu melhorava e ia trabalhar, ou eu trabalhava doente.
E então, foi só o médico mandar eu tirar o gesso [nem permissão pra trabalhar ele me deu] que eu passei a pegar um taxi todos os dias pra ir pro trabalho. Às vezes o que eu ganhava no dia ia quase todo pra pagar o taxi - que também me deixava na fisioterapia - mas eu ia levando. Levava inclusive um banquinho pra apoiar o pé.
E foi bom. Me sentia útil, ganhava um dinheirinho, além de ser muito interessante ouvir as histórias que quase todos os meus pacientes tinham pra me contar, além de estar sempre recebendo estimas de melhoras...

Com esse post eu não tou querendo dizer que quem sente dor é fresco ou quer ficar no mole ganhando dinheiro, uma merreca, por sinal. Mas eu gostaria que vocês parassem pra analisar até que ponto ficar preocupado com o benefício é bom.
Observem que quem quer continuar obtendo o benefício reforça dentro de si mesmo e na percepção dos outros que é doente e que não pode ser útil. De repente, essa atitude mental no subconsciente pode estar até atrapalhando o processo de recuperação.